seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta é preso por desacatar senador

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1997-2000) foi preso na tarde desta terça-feira por desacato à autoridade, após discutir com o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que preside a CPI do Banestado, instalada no Congresso.

O ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1997-2000) foi preso na tarde desta terça-feira por desacato à autoridade, após discutir com o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que preside a CPI do Banestado, instalada no Congresso.

Pitta foi convocado para depor após sua ex-mulher Nicéa Camargo afirmar que ele tinha contas no exterior. Documentos apresentados por Nicéa apontam que ele movimentou US$ 1,5 milhão numa conta em Nova York (EUA). Outra conta em seu nome foi aberta na Suíça, mas os recursos foram transferidos para paraísos fiscais.

Durante depoimento à comissão, Pitta bateu boca com Paes de Barros depois de ser questionado “se responderia a uma pergunta que o relacionasse a atos de corrupção”.

Irritado, Pitta disse: “Se eu indagasse a Vossa Senhoria se o senhor continua batendo em sua mulher o senhor responderia?”

A resposta do ex-prefeito paulistano revoltou os congressistas. “Eu exijo respeito. Não bato em minha mulher nem sou assaltante de cofres públicos”, disse Paes de Barros.

Na tréplica, Pitta afirmou: “Eu também [não], porque estou na condição de depoente e não na condição de uma pessoa para sofrer um tipo de acusação que o senhor está colocando contra mim”.

Na seqüência, o deputado Edmar Moreira (PL-MG), que integra a comissão, interveio e disse que Antero Paes de Barros “não podia permitir isso”.

O presidente da CPI suspendeu a sessão e, em seguida, após reunião com os demais componentes da CPI, deu voz de prisão por desacato à autoridade. Ele foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Defensiva

Assim como fizera em depoimento na semana passada à comissão, Celso Pitta negou-se hoje a responder se tinha contas no exterior. Na sessão anterior, ele se recusou, por três vezes, a assinar um termo de compromisso para dizer a verdade.

Hoje, Pitta respondia de forma evasiva e dizia não se lembrar de determinadas datas e nomes, como por exemplo o valor da obra da avenida Água Espraiada (atual avenida Jornalista Roberto Marinho), na zona sul da capital.

Na abertura dos trabalhos hoje, o presidente da CPI leu uma liminar conseguida no STF (Supremo Tribunal Federal) que obrigava o ex-prefeito paulistano a falar e que garantia que a sessão fosse aberta. A decisão, no entanto, dava a Pitta a prerrogativa de não responder a perguntas que julgasse revelar dados sigilosos sobre sua vida.

Ele havia respondido a nove das 48 perguntas feitas pelo relator, deputado José Mentor (PT-SP). As questões, no entanto, eram todas de domínio público, como o nome que ele usa para assinar cheques.

O senador Sibá Machado (PT-AC) apresentou requerimento para que a sessão passasse a ser secreta, alternativa, que, segundo ele, faria com que Pitta respondesse a perguntas.

A pedido do senador Romeu Tuma (PFL-SP) foi mantida a sessão aberta. A secreta deveria ser abertanesta tarde.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Mantida pensão a viúva e filha de agente penitenciário executado a mando de presidiários
STJ anula provas colhidas em local usado por advogado como residência e escritório
TRF1 considera que CNH-e é válida como documento de identificação em concurso público da Polícia Federal