A Justiça federal no Rio de Janeiro determinou a quebra dos sigilos telefônico, fiscal e bancário do ex-assessor da Casa Civil e ex-presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio) Waldomiro Diniz.
Ex-assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), Waldomiro foi exonerado do cargo, a pedido, em 13 de fevereiro. Ele aparece em vídeo pedindo propina e contribuição de campanha a um empresário do jogo.
A pedido do Ministério Público Federal, a juíza Margareth Rostey, da 5ª Vara Federal Criminal do Rio, também decidiu pela quebra dos sigilos de Daniel Homem de Carvalho, antecessor de Waldomiro na presidência da Loterj.
A Promotoria investiga crimes de sonegação fiscal, apropriação indébita, corrupção e lavagem de dinheiro supostamente praticados por bingos no Estado.
O inquérito, instaurado em 2001 pela Polícia Federal, além dos bingos, investiga ainda a Loterj e os empresários Francisco Recarey Vilar e Antônio Vilar Maronas.
No último dia 22, a juíza interina da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, Teresa de Andrade Castro Neves, decretou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Waldomiro e do empresário do jogo Carlos Augusto Pereira Ramos, o Cachoeira, no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.
O pedido foi feito pelos promotores Vinícius Cavalleiro e Cláudio Tenório, do Ministério Público Estadual. Em outro inquérito, eles investigam se Waldomiro cometeu improbidade administrativa ao alterar um edital de licitação da Loterj em 2002.