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Ouvidoria do STF é alvo de todo tipo de lamentação

BRASÍLIA. Criminosos arrependidos, portadores de distúrbios psiquiátricos, desempregados e revoltados com a política econômica do governo encontraram um novo endereço para seus lamentos: o Supremo Tribunal Federal (STF). A mais alta corte do Judiciário recebe cerca de 300 cartas por mês com todo tipo de pedido, inclusive de pessoas que querem saber sobre a tramitação de ações ajuizadas em tribunais. As cartas são encaminhadas à ouvidoria do STF, que funciona extra-oficialmente desde 2001.

BRASÍLIA. Criminosos arrependidos, portadores de distúrbios psiquiátricos, desempregados e revoltados com a política econômica do governo encontraram um novo endereço para seus lamentos: o Supremo Tribunal Federal (STF). A mais alta corte do Judiciário recebe cerca de 300 cartas por mês com todo tipo de pedido, inclusive de pessoas que querem saber sobre a tramitação de ações ajuizadas em tribunais. As cartas são encaminhadas à ouvidoria do STF, que funciona extra-oficialmente desde 2001.

Duas servidoras do Supremo, Eliana Vicino de Oliveira e Kátia de Deus Oliveira, respondem às cartas. A campeã de mensagens enviadas ao STF é Martine Dionísio, brasileira que mora na França que sempre pede formulários para processar famosos. Ela já quis denunciar chefes de Estado, Yoko Ono e os Beatles — inclusive John Lennon e George Harrison, que já morreram.

Um morador do interior de São Paulo denunciou ao Supremo um grupo de policiais civis teria seqüestrado e matado seu gato de estimação. Uma senhora de Florianópolis se sente perseguida por vozes de origem desconhecida que dizem controlar sua vida. A mulher contou que mudou de endereço para fugir da perseguição e foi à polícia várias vezes. Parou de escrever depois do conselho dado pela ouvidoria: “Vale a pena investigar se a perturbação não é de origem espiritual. Constatando-se esse fato, penso que o caminho é a busca de ajuda no seio da igreja freqüentada por Vossa Senhoria”.

A maioria das cartas é escrita por presos que pedem progressão de regime ou indulto, dizendo-se arrependidos. É o caso de Visley Sanches de Alencar, preso na delegacia de Colméia, no Tocantins. “Já tenho 39 anos de idade e já me cansei da vida de preso! Quero sair daqui, montar um carrinho de churrasco e viver minha vida. Deus seja louvado por este pedido de clemência e de perdão, e que o eterno Deus lhe dê muita saúde e sabedoria”, escreveu. O presidente do STF, Maurício Corrêa, nem chegou a ler a carta, como sempre ocorre. A resposta foi redigida por Eliana de Oliveira. Ela explicou que o pedido deveria ser dirigido ao Conselho Penitenciário do Estado.

A faxineira Eliana Pereira, detida na cadeia pública de São Paulo, teve sorte. Em outubro de 2003, ela contou que os cinco filhos estariam morando em Franco da Rocha (SP) com parentes e pediu transferência para o presídio da cidade. Assim, poderia receber as visitas dos filhos. A detenta conseguiu a transferência em dezembro passado.

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