Começou por volta das 9h30 desta terça-feira o julgamento do empresário Luciano Farah do Nascimento, acusado da morte do promotor de Justiça Francisco Lins do Rego Santos, 43, em 25 de janeiro de 2002, em Minas Gerais.
O julgamento ocorre no 1º Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Não há previsão de término. Conforme informações do fórum, o empresário está presente, acompanhado de advogados.
Nascimento é um dos donos da rede de combustíveis West. O promotor assassinado investigava a existência de uma máfia de adulteração de combustíveis no Estado e já havia discutido com o empresário durante interdição de um dos postos de Nascimento.
Conforme a polícia, o empresário dirigia a moto que emparelhou com o carro do promotor, no dia do crime, em um movimentado cruzamento da zona sul de Belo Horizonte.
O ex-soldado da PM Edson Souza Nogueira de Paula, que trabalhava como segurança da rede de combustíveis, estava na garupa da moto e teria atirado contra o promotor.
O empresário, apontado como mentor do crime, e o ex-soldado foram presos cerca de uma semana após o assassinato.
O ex-PM foi condenado, em julho do ano passado, a 19 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio. Em maio do mesmo ano, o office-boy Geraldo Roberto Parreiras, que também trabalhava para Nascimento, já havia sido condenado a 18 anos de prisão por participar do crime. Conforme denúncia, o office-boy foi o responsável por levantar dados sobre a rotina do promotor.
