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Anaconda: subprocurador pôs um Mercedes em nome da empregada

BRASÍLIA. A situação do subprocurador-geral da República Antônio Augusto César, acusado de envolvimento com a organização denunciada pela Operação Anaconda, está cada vez mais complicada.

BRASÍLIA. A situação do subprocurador-geral da República Antônio Augusto César, acusado de envolvimento com a organização denunciada pela Operação Anaconda, está cada vez mais complicada.

Na quinta-feira da semana passada, a Polícia Federal apreendeu um Mercedes-Benz blindado azul e quatro telefones celulares em nome de Maria Lúcia Pereira, empregada doméstica do subprocurador. Segundo a PF e o Ministério Público, o Mercedes, avaliado em R$ 150 mil, e os telefones são de Augusto César.

Procurador-geral pediu afastamento de César

A suspeita de delegados e procuradores, responsáveis pela investigação, é de que o subprocurador estava usando a empregada como laranja para camuflar parte de seu patrimônio. Na segunda-feira passada, o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, denunciou Augusto César ao Superior Tribunal de Justiça por corrupção. Na denúncia, Fonteles pede também o afastamento do subprocurador.

A PF apreendeu o Mercedes numa agência de revenda de carros em São Paulo depois de analisar documentos recolhidos na quarta-feira em endereços do subprocurador na capital paulista e em Brasília. Entre os papéis apreendidos estava o certificado de registro do carro, ou Documento Único de Transferência (DUT), em branco, apenas assinado por Maria Lúcia. O documento em branco e assinado permitia ao subprocurador fazer o que bem entendesse com o carro.

Com base em outras informações, a Polícia Federal e os procuradores que participaram das buscas descobriram que o Mercedes estava numa agência de automóveis para ser vendido a pedido de Augusto César.

O subprocurador é acusado de envolvimento com o agente federal César Herman Rodrigues e o advogado Afonso Passarelli, presos por suposta participação numa central de venda de sentenças judiciais e esvaziamento de inquéritos policiais em São Paulo.

Num livro-caixa da organização, a PF descobriu indícios de transações financeiras entre Herman, um dos chefes do grupo, e Augusto César.

Subprocurador tinha sala no escritório de acusado

O subprocurador também mantinha uma sala no escritório de Passarelli, em São Paulo. “As conversas interceptadas e o material apreendido (na Operação Anaconda) contêm veementes indícios de que César Herman oferecia vantagens indevidas a Antônio Augusto para que este, no exercício no seu cargo de subprocurador-geral da República, procedesse tráfico da função pela qual se estabelece uma relação ilícita entre o funcionário indigno e o terceiro”, diz a denúncia assinada por Fonteles.

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