A Justiça paulista de primeira instância mandou o CNA — curso de línguas — pagar R$ 80 mil para o apresentador Cazé por danos materiais e cem salários mínimos (R$ 24 mil) por danos morais.
O CNA recorreu da sentença do juiz José Tarciso Beraldo, publicada no ano passado. O caso está agora no Tribunal de Justiça de São Paulo para julgamento.
Cazé foi representado pelo advogado Paulo Mariano e o CNA pela advogada Vânia Aguiar Paiva. A Justiça atendeu parcialmente o pedido do apresentador da MTV.
Ele alegou que foi consultado para participar de uma campanha do CNA. Mas o contrato não foi fechado. Tempos depois disse que foi surpreendido com uma propaganda da empresa usando um personagem com as suas mesmas características. Argumentou que se aborreceu com a utilização de um “clone” para veicular sua imagem.
O CNA alegou que vários famosos foram “sondados”. Mas que a opção foi para um personagem desconhecido e não em razão do valor pedido de Cazé. De acordo com o CNA, na época ele estava na TV Globo “com sua imagem pública enfraquecida”. O CNA negou que o modelo tivesse representado o personagem de Cazé “quer com relação ao aspecto físico, quer pelo estilo irreverente”.
O juiz entendeu que a conduta do CNA “causou os prejuízos de que se queixa o Autor, materiais e morais, aqueles consubstanciados na privação de sua remuneração pelo uso de sua imagem e estes decorrentes do aborrecimento que, certamente, lhe custou a surpresa de se ver retratado, por interposta pessoa, na campanha para a qual fora previamente consultado”.