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Policiais federais ameaçam prender quem furar greve

Sindicato diz que agentes farão operação padrão e prenderão servidores que fizerem o trabalho de agente BRASÍLIA - Em crise aberta com o Ministério da Justiça, agentes da Polícia Federal entram em greve por tempo indeterminado a partir das 8h desta terça-feira. O movimento já começa com uma promessa de radicalização.

Sindicato diz que agentes farão operação padrão e prenderão servidores que fizerem o trabalho de agente

BRASÍLIA – Em crise aberta com o Ministério da Justiça, agentes da Polícia Federal entram em greve por tempo indeterminado a partir das 8h desta terça-feira. O movimento já começa com uma promessa de radicalização. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, anunciou nesta segunda-feira que os grevistas prenderão servidores administrativos da PF que estiverem realizando o trabalho dos agentes.

A estratégia, destinada a dar dor de cabeça ao governo, inclui ainda operação-padrão nas fronteiras e redução do efetivo nos portos e aeroportos, o que deverá gerar longas filas e muita espera. A associação pretende também, no decorrer da greve, afetar investigações importantes que estão em curso, como a do escândalo que envolve o ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz.

A Fenapef promete manter em serviço 30% do efetivo da corporação, percentual exigido por lei, mas avisa que incluirá nesse cálculo os delegados e peritos, que não vão aderir ao movimento. A intenção é fazer com que os delegados façam o trabalho que normalmente cabe aos agentes.

– Eu quero ver como é que vai ser ser, já que só tem mil delegados em todo o país. Vamos ter até delegado dando comida para preso – ironizou Garisto.

O sindicalista estima que a greve contará com a adesão de mais de 90% dos cinco mil agentes federais do país. Os serviços essenciais de segurança, diz ele, serão mantidos. É o caso, por exemplo, da guarda de depósitos de drogas e armamentos apreendidos pela PF. Outros serviços, como a emissão de passaportes, serão afetados diretamente.

Para evitar acusações de que o movimento estaria escancarando as fronteiras, a federação decidiu, ao invés de reduzir o efetivo, ampliar a segurança nos locais de acesso ao país. A entidade enviou 20 agentes para Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, com a incumbência de fiscalizar, um a um, os carros que chegam e saem do Brasil. O objetivo da operação-padrão é provocar não só filas, mas também reclamações dos brasileiros que tentam atravessar a fronteira.

O comando da greve nos estados também está orientado a prender os servidores que estiverem sendo usados pelo governo para cobrir a ausência dos grevistas, fazendo as funções de agente.

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