O Pentágono revelou planos de criação de comissões militares que vão avaliar anualmente se os prisioneiros acusados de terrorismo na base americana de Guantánamo (Cuba) devem ou não ser libertados.
Os detidos poderão apresentar a sua defesa, com a ajuda de familiares e do governo de seu país de origem, mas não terão acesso a advogados.
Grupos defensores dos direitos humanos criticaram os novos planos dos Estados Unidos – que ainda não estão concluídos.
A Anistia Internacional afirmou que comissões de revisão de pena podem servir para avaliar se uma multa de trânsito foi correta, mas não para decidir o destino de homens que são mantidos presos por anos sem julgamento.
Rumsfeld
O secretário da Defesa americano, Donald Rumsfeld, apresentou inicialmente a proposta para essas revisões anuais no mês passado.
Essas painéis de revisão são algo separado das comissões militares e tribunais que estão sendo preparados pelo Pentágono para julgar prisioneiros por eventuais crimes de guerra.
A medida parece ser, porém, uma concessão do governo do presidente George W. Bush diante de crescentes críticas internacionais sobre a política americana para esses prisioneiros – suspeitos de pertencer à rede Al Qaeda e ao ex-regime afegão do Talebã.
Formados por três oficiais militares, esses painéis devem avaliar uma vez ao ano se os prisioneiros devem continuar em Guantánamo.