O Tribunal Penal Federal da Alemanha aceitou nesta quinta-feira o apelo apresentado por Mounir Al-Motassadek, único homem condenado pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Com a decisão, Motassadek, que nasceu no Marrocos, será submetido a um novo julgamento. Em fevereiro do ano passado, o marroquino havia sido condenado a 15 anos de prisão.
Na época, a Justiça alemã concluiu que Mounir Al-Motassadek era membro de uma célula da organização Al-Qaeda com sede em uma universidade na cidade de Hamburgo, de onde saíram três dos seqüestradores suicidas dos ataques de 11 de setembro.
No mês passado, o também marroquino Abdelghani Mzoudi foi absolvido por um tribunal alemão da acusação de envolvimento nos atentados.
Ideologia violenta
Mounir Al-Motassadek viajou em 1993 para Muenster, na Alemanha, onde fez um curso de idioma. Em seguida, o marroquino passou a estudar engenharia elétrica na Universidade de Hamburgo.
De acordo com os promotores, durante esse período, Motassadek teria conhecido Mohammed Atta – homem apontado como o principal seqüestrador de um dos aviões atirados contra o World Trade Center.
Em Hamburgo, Atta teria formado com diversos outros militantes uma organização radical islâmica ligada à rede Al-Qaeda, de Osama Bin Laden.
Durante o julgamento de Motassadek, os promotores afirmam que o grupo tinha “uma ideologia islâmica violenta, com o objetivo de atacar países como os Estados Unidos”.