O julgamento do suposto pedófilo belga Marc Dutroux, conhecido como o “monstro de Charleroi”, acusado de ter sequestrado e estuprado seis meninas e de ter matado quatro delas, começou hoje no tribunal de Arlon, na Bélgica.
O julgamento deverá prolongar-se por três meses, com a participação de cerca de 500 testemunhas, a uma média de quatro sessões por semana, rodeado de grandes medidas de segurança.
Oito anos depois dos acontecimentos, o ex-eletricista, que confessou alguns dos crimes, pode ser condenado à prisão perpétua.
A seu lado, no banco dos réus, está sua ex-mulher, Michelle Martin, o ex-dependente de drogas Michel Lelievre e Michel Nihoul, considerado peça-chave para determinar a possível existência de uma rede pedófila, acusados de cumplicidade.
Num processo que abalou as estruturas judiciais, policiais e políticas da Bélgica e que consternou o mundo, a grande questão para os jurados será determinar se Dutroux, hoje com 47 anos, agiu sozinho, com a colaboração de alguns cúmplices ou à conta de uma rede de pedofilia.