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EUA criticam muro de Israel, mas evitam recorrer à Justiça

Os Estados Unidos temem que o "muro de proteção" construído por Israel venha a dificultar os esforços para conseguir uma solução negociada entre israelenses e palestinos, mas também acham que recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ) complicará ainda mais o problema.

Os Estados Unidos temem que o “muro de proteção” construído por Israel venha a dificultar os esforços para conseguir uma solução negociada entre israelenses e palestinos, mas também acham que recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ) complicará ainda mais o problema.

Com esta postura, Washington busca preservar ao mesmo tempo sua aliança com Israel e sua capacidade de pressão sobre o Estado judeu para modificar os aspectos mais polêmicos desta obra, em particular os trechos que invadem o território da Cisjordânia.

A reticência em recorrer à CIJ reflete também a vontade dos Estados Unidos de manter suas prerrogativas sobre a questão israelo-palestina, assim como a desconfiança generalizada da administração do presidente George W. Bush em relação a esse tipo de justiça internacional.

No final de janeiro, Washington transmitiu por escrito à CIJ que considera o recurso contra a barreira inútil e potencialmente contraproducente.

Por mais que a opinião da CIJ sobre esta questão não tenha caráter vinculante, este recurso é “inapropriado e poderá obstruir os esforços para fazer avançar um acordo negociado entre israelenses e palestinos”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher.

EUA e UE

Os EUA anunciaram que, assim como a União Européia (UE), não vão se pronunciar durante as audiências, que começarão na segunda-feira (23).

Washington não deixa de insistir que o chamado “mapa da paz”, o plano internacional que prevê a criação de um Estado palestino por etapas até o final de 2005, continua sendo o único marco legítimo de discussão.

Compreensivos quanto aos argumentos israelenses, que citam razões de segurança para a construção do muro, os EUA temem, no entanto, o fato de que alguns de seus trechos invadam partes da Cisjordânia, uma fronteira fixada unilateralmente pelo Estado judeu em prejuízo dos palestinos.

Estas interrogações também valem para outros projetos do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, como a retirada das colônias judaicas da faixa de Gaza.

Uma delegação de altos funcionários do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional (subordinado à Casa Branca) foi recebida ontem por Sharon em Jerusalém para tratar desse tema.

Os Estados Unidos desejam obter de Israel um compromisso firme de que estes projetos não prejudicarão o plano de paz, que, embora estagnado, continua sendo o projeto em que Bush apostou toda sua credibilidade no Oriente Médio.

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, afirmou esta semana que Washington quer ter uma idéia global dos projetos israelenses –as colônias em Gaza, o muro, entre outros temas— para assegurar-se de que eles não impliquem o fim de qualquer acordo negociado.

Funcionários americanos intensificaram suas críticas aos dirigentes palestinos e, em particular, ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, dando a entender que, para Washington, o problema principal não está nos planos israelenses, mas na incapacidade das autoridades palestinas para frear a violência e os atentados.

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