O Ministério Público começa a apurar nesta quinta-feira a morte de 13 animais no Zoológico e no Zôo Safari de São Paulo. O promotor Carlos Alberto de Salles visita o zoológico, que teve as mortes iniciais.
Salles destacou o fato de todos os bichos mortos serem herbívoros. “A carne é mais difícil de ser contaminada. Ração, capim, vegetais e frutas são mais suscetíveis de contaminação por veneno, dolosamente ou acidentalmente.”
Segundo o promotor, a maior preocupação é evitar novas mortes. “O segundo objetivo é reunir dados para uma futura ação reparatória dos danos causados”, afirma Salles. “A pena deve ser bastante reduzida [a Lei de Crimes Ambientais prevê no máximo pena de um ano], mas quem fez isso terá de arcar com uma forte reparação civil, terá de pagar pelo dano patrimonial à Fundação Parque Zoológico e ao ambiente”, disse o promotor.
Em São Paulo, a elefanta Terezita ganhou mais proteção. Uma cerca foi instalada ao redor da jaula para deixar o público mais distante. “Mandaram que eu ficasse de olho”, disse um vigia. O zôo não comentou a mudança. Nesta quarta-feira, crianças se preocupavam a cada bicho que não viam. “Ele morreu?”, perguntou Pietra Mancini, 6, quando não achou o gorila.
Em Brasília, o laudo da morte de dois cangurus-do-pescoço-vermelho indicou a presença do princípio ativo de raticidas. O caso está sendo apurado.
A Secretaria da Segurança de São Paulo diz que os casos são “parecidos, mas sem relação”.