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Presidente do STF defende afastamento de José Dirceu

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Corrêa, defendeu o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, durante as investigações das denúncias envolvendo o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares, Waldomiro Diniz.

BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Maurício Corrêa, defendeu o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, durante as investigações das denúncias envolvendo o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares, Waldomiro Diniz.

Para Corrêa, José Dirceu deveria seguir o exemplo do então ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco (1992-1994), Henrique Hargreaves, que deixou o cargo temporariamente até que as denúncias contra ele fossem apuradas. Hargreaves acabou voltando ao governo um ano depois.

“Conheço a experiência extremamente salutar na época em que Itamar era presidente da República. Houve uma questão em que se apurava a possível participação e envolvimento do ministro Hargreaves. O Itamar combinou que Hargreaves seria afastado do governo e só voltou quando se esclareceu que ele não tinha absolutamente nada com aquele caso”, afirmou Corrêa, foi ministro da Justiça durante o governo Itamar.

O presidente do STF disse que prefere acreditar que José Dirceu não tem nada a ver com as denúncias, mas lembrou que o ministro da Casa Civil são amigos e já chegaram a dividir um apartamento em Brasília. Por essa razão, para Corrêa, o melhor seria o afastamento de Dirceu do cargo.

Corrêa participa nesta quarta-feira da sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que está discutindo o projeto de reforma do Judiciário. Ele também esteve presente na abertura dos trabalhos do Legislativo, na última segunda-feira, ao lado de José Dirceu. Na ocasião, o ministro da Casa Civil recebeu elogios públicos dos presidentes da Câmara, João Paulo Cunha, e do Senado, José Sarney.

Waldomiro Diniz está sendo investigado por ter pedido propina a um bicheiro em 2002 para financiar a campanha de candidatos petistas. A fita com as gravações foram divulgada na última sexta-feira pela revista “Época” e, no mesmo dia, Waldomiro foi afastado do cargo.

Diante da repercussão, a oposição tenta instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso no Senado. Segundo informações do jornal “Folha de S. Paulo” José Dirceu estaria disposto a deixar o cargo, caso a CPI seja instalada.

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