A empresa de serviço postal Correo Argentino S.A. teve duas de suas contas bancárias bloqueadas nos EUA pela Justiça norte-americana.
A ação foi iniciada pela Macrotecnic International, empresa uruguaia que detém US$ 550 mil em bônus argentinos que não foram pagos. A Argentina afirma que o Correo deve US$ 220 milhões ao governo.
“Nós pedimos ao juiz para segurar o dinheiro das contas em Nova York da Correo Argentino até que seja determinado a quem estes fundos pertencem”, afirmou Guillermo Gleizer, advogado da empresa uruguaia.
O juiz norte-americano Thomas Griesa emitiu na sexta-feira a ordem para congelar os ativos da Correo Argentino, informou Gleizer.
O juiz fará uma audiência na terça-feira para determinar se a Macrotecnic tem o direito de confiscar esses ativos.
Esta é a terceira vez que a Justiça norte-americana intervém a favor dos credores da Argentina.
Na semana passada foram congeladas propriedades estatais argentinas nos EUA (em Washington e Maryland). O governo da Argentina disse que irá apelar em todos os casos.
O governo argentino ofereceu o pagamento de apenas 25% dos US$ 88 bilhões da dívida em moratória desde janeiro de 2002, o que levou mais credores a pedir confisco de bens do país. Os detentores dos bônus em “default” querem o pagamento de pelo menos 65%.
A Correo Argentino era controlada pelo grupo argentino Macri até que o governo tirou a concessão do grupo em novembro do ano passado. O serviço de correio pediu concordata depois de deixar de pagar as taxas de concessão e estar com grandes dívidas.
