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Debate sobre Estatuto do Servidor superlota Auditório do Sebrae

A preservação dos direitos adquiridos foi o tema dominante do debate sobre o novo Estatuto do Servidor Público da Paraíba promovido pelo Tribunal de Contas, nesta quinta-feira (12), no Auditório do Sebrae, então superlotado por funcionários de órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A preservação dos direitos adquiridos foi o tema

dominante do debate sobre o novo Estatuto do Servidor

Público da Paraíba promovido pelo Tribunal de Contas,

nesta quinta-feira (12), no Auditório do Sebrae, então

superlotado por funcionários de órgãos dos Poderes

Executivo, Legislativo e Judiciário.

Idealizado pelo presidente da Corte, conselheiro Luiz

Nunes Alves, “para tirar dúvidas, orientar e esclarecer

situações”, o evento destinou-se, notadamente, a

servidores da área de Recursos Humanos e, portanto,

encarregados, em suas repartições, da gestão de atos de

pessoal.

O novo Estatuto foi exposto pelo procurador geral do

Estado, Luciano Pires, a uma platéia também formada por

dirigentes de associações de classe, gente do Ministério

Público e do próprio TCE. O procurador junto ao

Tribunal, André Carlo Torres, e o auditor Hélio Carneiro

Fernandes conduziram os debates, ora questionando, ora

apresentando indagações do auditório.

TRANSIÇÃO – Luciano Pires disse que não haverá a

supressão de direitos adquiridos, falou de um regime de

transição para a incorporação de gratificações em favor

dos que estejam ocupando cargos comissionados por, no

mínimo, quatro anos e ressaltou que o teto salarial

para servidores estaduais corresponde, na Paraíba, à

remuneração de um secretário de estado e, não, à do

governador.

“O teto máximo para os Estados é o de governador. Nada

obsta, no entanto, que se adote um valor estabelecido em

lei estadual, como já ocorre na Paraíba. Quem ultrapassá-

lo vai ter, aqui, necessariamente, sua remuneração

reduzida”, informou o procurador geral.

A seu ver, as vantagens pessoais devem estar incluídas nesse teto. Ele entende que os Poderes Executivo e Judiciário são autônomos, inclusive, para a confecção de suas folhas e

que tratarão de se adequar àquilo que a Constituição

estabelece para cada caso.

Lembrou Luciano que a PB-Prev, encarregada do Regime

Próprio de Previdência do Estado, tem 90 dias para

atuar, como determina a lei pela qual foi criada.

MUDANÇAS – Disse ele que o novo Estatuto “ é o ponto de

partida para mudanças que irão propiciar uma política de

remuneração mais justa, estancar vícios constitucionais

e interromper o crescimento vegetativo indevido da folha

de pagamento”.

E destacou: “Já houve aumento para algumas categorias,

concurso na Polícia Civil, o ingresso de novos policiais

militares e já temos planos de cargos na saúde e na

educação. Agora, vamos fazer o concurso para procurador

do Estado”, anunciou.

Queixou-se, em seguida, da falta de candidatos ao

concurso para preenchimento de vagas médicas no Hospital

de Traumas de João Pessoa. “Esse concurso, simplesmente,

foi deserto, não houve concorrência. Os médicos preferem

ficar nas Cooperativas e negociar, através delas, as

suas retribuições pecuniárias, o que fere frontalmente a

Constituição”, comentou.

No encerramento do debate, o conselheiro Luiz Nunes

observou que o concurso deve ser a única porta de acesso

ao emprego público e que esse entendimento tem contado

com a defesa intransigente do TCE.

Instantes depois, questionado por repórteres, Luciano

Pires respondeu que concorda com isso. Acha que os

servidores pro tempore no Estado (cerca de 10 mil) devem

ter a situação regularizada através de concurso.

Mas entende que devem ser levadas em conta a questão

social e a análise da situação. “Não se pode

simplesmente dizer que 10 mil pessoas estão fora do

Estado e vão enfrentar concurso público. O problema deve

ser tratado de modo progressivo, com sensibilidade,

humanidade e dignidade”, concluiu.

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