O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Benzoini, afirmou, em Brasília, que as fiscalizações em Minas Gerais estão suspensas.
Segundo ele, a secretária de Inspenção do Trabalho, Ruth Vilela, está analisando todos os procedimentos e vai tomar medidas contra eventuais fragilidades detectatas e na própria sistematização das denúncias recebidas.
A suspensão ocorreu quase ao mesmo tempo em que o presidente Luiz Inácio da Silva prometeu mais fiscalização. Ao participar do culto ecumênico em memória dos três fiscais e do motorista do Ministério do Trabalho mortos, na catedral de Brasília, ele disse que a fiscalização “vai incomodar ainda mais”.
Benzoini participou esta tarde da cerimônia de descerramento da placa em homenagem aos três fiscais do Trabalho e ao motorista assassinados na última quarta-feira em Unaí, no saguão de entrada do Ministério do Trabalho.
O delegado regional do Trabalho de Minas Gerais, Carlos Palazans, reconheceu que as ameaças contra o fiscal Nelson da Silva, assassinado em Unaí, foram subestimadas. “Muitas vezes ameaças passam a ser banalizadas e muitas vezes subestimadas. Isso é o que não podemos fazer mais”, disse.
O delegado informou que atualmente dois auditores do Trabalho, Mauro Jaime e Flávio Pena, estão sob proteção e serão transferidos de localidade por terem sofridos ameaças. Lula também promete investigação.
Em um discurso durante o ato ecumênico, o presidente Luiz Inácio da Silva prometeu que fará o que estiver ao alcance para a polícia encontrar os autores do crime em Unaí.
“Nem todo crime é desvendado. Só nao poderemos prender inocentes ou acusar inocentes”, garantiu. “Não descansaremos enquanto não apurarmos tudo, para que sirva de lição àqueles que querem matar trabalhadores e pais de família no exercício de suas funções”.