Futuro senador aparece em esquema ilegal do Banestado
Brasília – O currículo de Mário Calixto Filho, suplente no Senado do novo ministro da Previdência, Amir Lando, carrega passagens pela Justiça e envolvimento num dos maiores escândalos recentes de evasão de divisas.
O futuro senador é um dos correntistas envolvidos no esquema montado no Banestado para enviar dinheiro de forma suspeita ao exterior.
Um levantamento feito pela Polícia Federal e que está sob análise da CPI do Banestado aponta que, entre setembro de 1996 e dezembro de 1997, ele enviou pelo menos US$ 582 mil para duas agências bancárias nos EUA.
Calixto também foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia pelo desvio dos cofres públicos de R$ 1,3 milhão. O episódio ocorreu em 1996, quando o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) era governador, e a sentença condenatória não foi executada ainda porque os réus recorreram ao Superior Tribunal de Justiça.
O Tribunal de Contas de Rondônia descobriu em 1997 que recursos do Tesouro estadual que seriam repassados para a Companhia de Energia de Rondônia foram parar na conta da Nortebrás, empresa registrada em nome de dois laranjas, dos quais Calixto tinha procuração para movimentar a conta no Banco Bandeirantes.