O ex-funcionário da Parmalat Itália Alessandro Bassi foi encontrado morto nesta sexta-feira.
A polícia suspeita que ele tenha se suicidado, jogando-se de uma ponte na estrada Lucignana, na periferia da cidade de Parma, onde funcionava a sede do conglomerado.
Bassi, de 32 anos, era colaborador de Fausto Tonna, ex-diretor financeiro da empresa, que atualmente está fornecendo muitas informações aos investigadores na tentativa de explicar o rombo de mais de 10 bilhões de euros (R$ 35,7 bilhões) que levou à quebra da holding.
O ex-funcionário do grupo italiano, casado, com dois filhos, não estava sob investigação judicial. E não deixou nenhuma mensagem que explicasse o gesto.
Um dos juízes responsáveis pelas investigações da crise da Parmalat, Francesco Greco, disse à BBC Brasil que quer ajuda da Justiça brasileira para esclarecer o caso.
“Se a procuradoria de Parma não abrir um diálogo com a magistratura brasileira, eu o farei.”
A Justiça italiana, através dos juízes de Milão e de Parma, ainda está tentando estabelecer a verdadeira dimensão do rombo da Parmalat e suas ramificações.
Para isso, o trabalho do comissário extraordinário Enrico Bondi e de seus assistentes é fundamental.
Bondi assumiu o posto do fundador e ex-presidente da Parmalat, Calisto Tanzi, e sua tarefa agora é reestruturar a empresa.
Eles devem concluir a análise da situação financeira até o final do mês e, em fevereiro, apresentar seu plano industrial.