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Juiz diz que Beira-Mar mantém casas de câmbio no Paraguai

O juiz federal em Campo Grande Odilon de Oliveira, 54, disse nesta segunda-feira à Agência Folha que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, possui duas casas de câmbio em Capitán Bado, no Paraguai.

O juiz federal em Campo Grande Odilon de Oliveira, 54, disse nesta segunda-feira à Agência Folha que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, possui duas casas de câmbio em Capitán Bado, no Paraguai. Essa cidade é separada por apenas uma rua de Coronel Sapucaia (391 km de Campo Grande).

O advogado Lydio da Hora Santos, defensor de Beira-Mar em 18 processos criminais, negou que seu cliente tenha casas de câmbio ou outros negócios em Capitán Bado. Na avaliação de Santos, a fonte de informação do juiz está equivocada.

Oliveira afirmou “não descartar de jeito nenhum” que os US$ 320 mil apreendidos na sexta-feira com o advogado Paulo Roberto Pedrini Cuzzuol, 55, defensor de Beira-Mar, seriam destinados às casas de câmbio.

Ainda segundo o juiz, essas casas servem para lavar dinheiro e pagar traficantes de drogas, que só recebem em dólar.

Tráfico

Na semana passada, a PF (Polícia Federal) apreendeu 13 toneladas de maconha na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Um carregamento como esse, segundo apurou a Agência Folha, pode ser vendido por R$ 2,6 milhões em São Paulo.

Em 2000, o juiz ficou sabendo da existência das casas de câmbio a partir de investigações do MPF (Ministério Público Federal) e da PF. Com base nas informações, Oliveira decretou em março daquele ano a prisão de Rosa Maria Dias Rocha, 33.

Ela morava em Coronel Sapucaia e, segundo o juiz, fugiu para o Paraguai. Rocha administrava os negócios de Beira-Mar em Capitán Bado, afirmou Oliveira.

Apesar de ter declarado uma renda mensal de R$ 5.000, Rosa movimentou R$ 1.573.725,53 em seis meses, denunciou o MPF com base em quebra de sigilo bancário.

Mesmo com a prisão decretada de sua suposta funcionária, Beira-Mar manteve os negócios em Capitán Bado, afirma o juiz. “As casas [de câmbio] não foram desarticuladas. Tanto que Beira-Mar está em plena atividade”, disse.

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