Os herdeiros de George Harrison chegaram a um acordo com o médico Gilbert Lederman. Eles estavam movendo uma ação judicial de US$ 10 milhões (cerca de R$ 28,6 milhões) contra Lederman, que cuidou de Harrison nos seus últimos dias de vida.
Segundo os herdeiros, Lederman, do Hospital Universitário de Staten Island, nos Estados Unidos, teria forçado Harrison a assinar a guitarra de seu filho e dar autógrafos a suas filhas, mesmo estando muito doente.
O acordo determina que a guitarra “será guardada de forma secreta” e que o filho do médico ganhará um novo instrumento.
Harrison morreu de câncer em novembro de 2001, em Los Angeles.
“Dignidade e privacidade”
O acordo foi feito em um tribunal federal de Nova York dez dias depois de os herdeiros entrarem com a ação.
“A música de George Harrison falou com o coração e a alma da minha geração”, disse o juiz Nicholas Garaufis nesta sexta-feira.
“Estou feliz por ambas as partes terem chegado a um acordo que não só soluciona o processo inicial, mas, e ainda mais significativamente, preserva a dignidade e protege a privacidade dos envolvidos no caso”, disse o juiz.
Nenhuma das partes pode comentar sobre a ação ou dar detalhes do acordo.
Ação
Segundo declarações apresentadas pelos herdeiros de Harrison à Justiça, o médico teria levado seus filhos para ver Harrison e feito o músico ouvir seu filho de 14 anos tocar guitarra.
Eles ainda alegavam que, quando Harrison resistiu em dar autógrafos, Lederman teria segurado sua mão e o ajudado a escrever. O médico nega as acusações.
Antes do acordo ser estabelecido, os herdeiros de Harrison haviam negado a oferta feita pelo médico de doar a guitarra autografada para alguma instituição de caridade.