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Lula propõe a Bush eliminação de vistos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu do encontro com o colega norte-americano, George Walker Bush, ontem, no México, com a palavra de que a proposta brasileira de eliminar a exigência de visto para a entrada de brasileiros nos EUA será estudada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu do encontro com o colega norte-americano, George Walker Bush, ontem, no México, com a palavra de que a proposta brasileira de eliminar a exigência de visto para a entrada de brasileiros nos EUA será estudada. Isso automaticamente derrubaria idêntica exigência para o ingresso de norte-americanos no Brasil.

O encontro, na noite de ontem (início da madrugada de hoje em Brasília), durou cerca de meia hora e reuniu, além de Lula e Bush, o chanceler brasileiro Celso Amorim, o assessor da Presidência Marco Aurélio Garcia, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, e Condoleezza Rice, assessora de Segurança Nacional da Casa Branca.

A necessidade do visto é a origem da mais recente turbulência entre os dois países, na medida em que só cidadãos para os quais é exigido visto de entrada nos Estados Unidos são submetidos às novas regras de segurança (fichamento datiloscópico e fotografia).

O Brasil impôs o critério da reciprocidade, no caso mais remoto da exigência de visto e no mais recente (fichamento e fotografia).

Depois de ouvir a explicação dos norte-americanos, Amorim disse entender os motivos para identificação dos visitantes. Mas afirmou que, se há 27 países cujos cidadãos não precisam passar por isso ao entrar nos Estados Unidos, poderia haver 28 –incluindo o Brasil. A resposta foi que o documento brasileiro com a sugestão de acabar com o visto, além de outros pontos, seria estudado pelas autoridades dos EUA.

O visto é fonte de irritação para os brasileiros que viajam aos EUA por motivos que antecedem as novas exigências norte-americanas. É caro (US$ 100, cerca de R$ 285) e não há garantia de devolução do dinheiro, se o visto acabar não sendo concedido.

Celso Amorim explicou a idéia por trás da proposta: entre os 27 países cujos nacionais não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos, há alguns cujas relações com Washington são recentes, ao passo que “o Brasil tem um histórico de 200 anos de bom relacionamento, foi o único país latino-americano a mandar tropas para lutar com os aliados [liderados pelos EUA] na Segunda Guerra Mundial [1939-45] e abriga até uma cidade chamada Americana, construída por refugiados norte-americanos da Guerra Civil”.

O chanceler trata até de encaixar a proposta no espírito da Cúpula Extraordinária das Américas, ontem inaugurada. “Esta cúpula trata de integração nas Américas. A liberdade de ir e vir é parte fundamental da integração.”

Mas ele não espera que seja rapidamente aceita a proposta brasileira. “Será uma negociação difícil e demorada.”

Enquanto não se resolve, o ideal seria “dar o tratamento mais fácil possível aos nacionais dos dois países”, completa Amorim.

O ministro deixou claro que a portaria interministerial decidida no sábado e que deveria ser publicada em edição extra do “Diário Oficial” sacramenta a decisão de fazer valer a reciprocidade. Ou seja, o governo brasileiro continuará a exigir foto e fichamento.

Apesar disso, Amorim diz que “reciprocidade não é tratar mal ninguém, é para tentar que os outros nos tratem bem”.

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