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O PT e o mundo das sombras

O juiz Luiz Fernando Migliore Prestes, da comarca de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, aceitou ontem a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário e ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sérgio Sombra.

O juiz Luiz Fernando Migliore Prestes, da comarca de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, aceitou ontem a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário e ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sérgio Sombra.

Os promotores o acusam de ser o mandante do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), ocorrido em janeiro do ano passado.

Denúncia

Segundo a denúncia, Sombra fazia parte de um esquema de corrupção na Prefeitura — que sempre foi usada pelo PT como modelo de administração do partido. Ainda de acordo com os promotores, Celso Daniel, ao descobrir a fraude, teria iniciado investigações, o que teria lhe custado a vida.

Contradições…

As investigações dos promotores apontam contradições em depoimentos de integrantes da quadrilha da favela Pantanal, acusados do seqüestro do prefeito na primeira versão do inquérito, e trazem um relato de Aílton Alves Feitosa, que teria ficado sabendo, com antecedência, do seqüestro.

… e morte

Em janeiro de 2002, Feitosa foi resgatado de helicóptero do presídio José Parada Neto, em Guarulhos, em companhia de Dionísio de Aquino Severo, apontado como o comandante da operação contra Daniel. Em abril de 2002, Severo foi assassinado num Centro de Detenção Provisória, em Belém (PA), pouco tempo depois de dizer à polícia que tinha informações sobre o caso, mas só as revelaria em juízo.

Depoimento

Segundo Feitosa. Daniel não foi uma vítima escolhida ao acaso, como constava na conclusão do inquérito da Polícia Civil. Ao contrário, a morte dele teria sido encomendada “por um empresário”, que, no dia do seqüestro, estaria num carro, em companhia da vítima, e deixaria o dinheiro no banco de trás do veículo. Apesar do pedido da família para que as investigações não corressem em sigilo, o pedido foi indeferido pelo juiz.

O PT

A decisão da Justiça desagrada à cúpula do PT. O presidente do partido, José Genoino, chegou a afirmar que a reabertura do caso significaria matar Daniel uma segunda vez. Ninguém entendeu o sentido da avaliação nem ele disse por quê.

Assoprando o balão

Prossegue o esforço do governo para provar que está crescendo, sim. O ministro Guido Mantega (Planejamento) disse ontem a empresários do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social que há indicadores que sugerem que o país está crescendo entre 2,5% e 3% neste último trimestre, liderado pela indústria de bens de capital.

Nem Natal aquece as vendas

Levantamento realizado pela Fecomércio-SP mostra que as vendas no varejo na região metropolitana iniciaram dezembro em queda: para 45% dos lojistas, o movimento foi menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Apenas 29% dos comerciantes afirmaram que venderam mais do que em 2002, enquanto 26% disseram que o resultado foi igual ao do ano passado.

Assim falou… José Alencar

“Não podemos acumular uma política fiscal ultraconservadora com uma política monetária ultra-restritiva porque a economia não tem como deslanchar. Temos que despertar”

Do vice-presidente da República, ao analisar sinais de que o crescimento não está sendo o esperado

Improvisos e imprudências

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou ontem justificar a política externa do governo. Segundo ele, o Brasil manterá a postura independente em relação a assuntos polêmicos, como a desocupação do Iraque pelos Estados Unidos e dos territórios palestinos por Israel. “Quem não tem posição própria não é chamado a discutir nada”, disse. Também declarou, questionado sobre eventuais prejuízos comerciais que isso possa trazer ao Brasil, por conta do descontentamento dos Estados Unidos, que o país “não trocará princípios por produtos”.

Na verdade, são crescentes as dúvidas e questionamentos sobre o saldo político do giro que o presidente fez pelo Oriente Médio, encerrado ontem. O ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, por exemplo, afirmou que Lula faz diplomacia “para a torcida”, o que “afeta o interesse nacional”. A informação de que os Estados Unidos excluíram o Brasil da lista de países que podem participar de licitações para a reconstrução do Iraque reforçou a percepção de que posições assumidas pelo governo em relação à política internacional têm também seus custos, daí a necessidade de não haver improvisos nessa área. Nas palavras de Lafer, “se o governo Lula transpuser para a política externa sua visão sindicalista de operário versus patrão, há risco de complicar a vida”.

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