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Atrito entre policiais e Thomaz Bastos se intensifica

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) considera que a categoria está em franca rota de colisão com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) considera que a categoria está em franca rota de colisão com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Com 12 mil filiados em todo o país, a Fenapef deflagrou greve em todo o País, a partir desta quarta-feira (10/12).

Segundo o presidente da entidade, Francisco Carlos Garisto, “100% da PF está parada, com exceção dos delegados, dos 42 policiais que fazem a Operação Anaconda em São Paulo, dos policiais que fazem a operação Praga do Egito, em Roraima, e dos que trabalham na Operação Trânsito Livre, em Foz do Iguaçu”.

Garisto, ex-segurança de dois presidentes dos EUA, do Papa João Paulo Segundo e do Príncipe Charles, chegou a ser cogitado para a direção da PF. Foi derrubado da indicação justamente por Thomaz Bastos — contrário à idéia visceralmente “garistista” (no termo cunhado pelo próprio Thomaz Bastos) de se acabar com a figura do inquérito policial. E quem levou a direção da PF foi o ex-assessor do senador Romeu Tuma, delegado Paulo Lacerda.

Nem por isso, diz Garisto, a greve é política. “Queremos o cumprimento da Lei 9.266, que nos faculta salários de nível superior. Na manhã desta quarta, recebi o telefonema de um ministro do governo Lula muito preocupado com a greve. Me disse que achava a situação traumática. Mas justamente do ministro da Justiça, a quem somos subordinados, não veio nada, nenhum contato.

O ministro Márcio Thomaz era simpático a nós, mas nos abandonou e quer medir forças com a gente. Nossa greve não é contra ele, nem contra o diretor Paulo Lacerda. É por salários. Aliás, dispensamos dela os 42 policiais envolvidos em apurar a operação Anaconda, para depois não termos de ouvir que nossa greve foi para atrapalhar algo”, diz Garisto.

Para ele, a greve é pontuada por uma declaração filosófico-trabalhista-criminal. “A PF prende quem não cumpre a lei, agora não cumprem a lei conosco, quem é que vamos prender?”, indaga-se.

Garisto denuncia que na terça-feira (9/12) a energia elétrica do edifício-sede da PF em Brasília, o Máscara Negra, seria cortada por falta de pagamento “mas não foi porque houve deferência da CEB, a Cia. Elétrica que cuida de Brasília”. Ele prossegue revelando que “a PF está sem gasolina, sem dinheiro para pagar diárias, contas de telefone. Muitos agentes que participaram da Operação Trânsito Livre, em Foz do Iguaçu, foram até lá com dinheiro do seu próprio bolso”.

Garisto diz que a greve continuará por mais de dois dias. Acha que com a volta do presidente Lula ao país a situação mudará de figura “porque ele será sensível em saber que a PF têm sustentado o governo Lula na mídia como sinônimo de combate à corrupção via Polícia Federal”.

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