A Marcha da Maconha x Apologia ao Crime
O nosso País têm um dos mais completo ordenamento jurídico do mundo, são Leis e mais Leis que regulam o convívio da população em sociedade, garante Direitos e impõe deveres aos cidadãos e claro, pune os que infringem as normas.
O grande problema é que aqui no Brasil adotou-se, não sei porque, um sistema costumeiro de não fazer valer as Leis existentes, a chamada “vista grossa.”
As vezes a Lei não é colocada em prática pelo desconhecimento da mesma por parte do próprio cidadão, no entanto outras não são executadas por negligência dos próprios poderes constituídos.
Para ser mais especifico quero trazer aqui o assunto da polêmica marcha da maconha, ou seja, um ato público que esta sendo organizado em defesa da legalização do consumo da mesma, evento esse, marcado para acontecer dia 04 de maio em nossa Capital, João Pessoa.
Indignado, assim como eu, o Arcebispo Dom Aldo Pagotto resolveu acionar o Ministério Público na tentativa de proibir tal evento, pois a intenção dos organizadores deste ato vai de encontro com a nossa legislação.
O Código Penal deixa clara a proibição à incitação pública de crime (art. 286), é a chamada APOLOGIA AO CRIME. Crime este que está tipificado na lei 11. 343/ 2006. ( Lei antidrogas)
Se estivéssemos em um país mais sério os defensores desse ato público nem sequer cogitariam em realizá-lo, pois saberiam que estariam contrariando uma norma e que jamais tal ato seria permitido. Mas como estamos no Brasil…
O detalhe é que manifestações como essa já foram permitidas e realizadas no Rio de janeiro e corre o rico de não ser vetada a sua realização também aqui na Paraíba, pois até agora não houve manifestação do Ministério Público a respeito da intervenção de Dom Aldo.
O que me preocupa é que a cada dia a Leis brasileiras começam a cair no descrédito, sempre se arruma uma maneira de burlá-las e daqui a pouco não se surpreendam se nos transformarmos em um regime abolicionista, ou seja, liberdade sem limites.
Pois a continuar assim, brevemente virá à marcha pela liberação da cocaína, se pode a da maconha então…, depois virá à marcha dos pedófilos, dos estupradores etc. e a justiça nada poderá fazer em contrário a tais manifestações, pois se permitiu apologia a um determinado crime abre precedente para os demais.
Já pensou irmos a um jogo de futebol e sentarmos na arquibancada ao lado de um torcedor fumando maconha? E ao levarmos os nossos filhos a uma praça onde alguns pais também lá estejam com seus filhos, só que dando uma “tragada” totalmente acobertados pela Lei. Que situação em!
Lutemos para que isso não aconteça, Pois é justamente o que estão querendo os organizadores da marcha da maconha, a legalização de um crime.
Porém apesar de suas falhas ainda acredito na justiça desse País e espero que o evento da maconha em nossa Capital seja proibido.
Que se faça valer o que diz a letra da lei.
José Josevá Leite Júnior (J. Júnior)
Radialista, Pedagogo e estudante de Direito.
Monteiro – PB
