A formação acadêmica do estudante de Direito e a Teoria dos Valores (Axiologia).(Daniel César Franklin Chacon- Mestre em Direito pela UFPE-Professor de Introdução ao Estudo do Direito da CESREI- Campina Grande- PB)
Nunca, entre os pensadores do Direito, se falou tanto em valores, quanto nos tempos atuais.
As diversas correntes de cientistas jurídicos, hermeneutas e aplicadores do direito, sejam eles pragmáticos, positivistas, ou adeptos de uma Teoria Axiológica como base de aplicação da norma jurídica, vêem como uma necessidade urgente e premente uma preparação acadêmica propedêutica, voltada para preceitos de ordem ética.
O momento também é oportuno para que Mestres, professores e formadores, injetem nos seus alunos e pupilos a consciência de que precisam aprender e praticar uma pluridade de valores que se perderam no pensamento e na práxis de profissionais que trabalham com Ciência Jurídica., sendo portanto antagônicos e opositores da existência de uma Teoria dos Valores.
O sempre indefinível Direito, não para de evoluir. As últimas gerações humanas, se voltam para harmonizar a convivência com direitos de Igualdade, Liberdade e Solidariedade. Urge que se formem consciências críticas convergentes e direcionadas à prática do mínimo ético, a fim de que a sociedade possa viver na ordem preconizada pelo Direito.
Acadêmicos dos inúmeros Cursos de Direito do nosso país, precisam antes de tudo, definir sua vocação, no sentido de colocarem valores sociais de dignidade humana antes de realizar interpretações puramente gramaticais das regras, normas e leis.
É papel do formador, incutir, infundir no ânimo dos estudantes da Ciência Jurídica que o Direito, hoje, transcende a pura aplicação da norma, sem deixar de aceitar seus preceitos, para fazer valer experiências axiológicas que resgatam a dignidade do homem.
A Ciência Jurídica hoje impõe uma dialética centrada na realidade social com finalidade de se evitar tensões sociais, neutralizando os problemas gerados pela desigualdade e pelo uso de um poder opressor.
Ajudando aos acadêmicos de Direito a treinar o raciocínio de forma que os projetem numa dimensão jurídica além da dogmática, do positivismo, certamente não estaremos eliminando de vez os problemas de convivência social, mas, pelo menos tornando-os mais suportáveis.
