seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Herdeiros de vítimas do nazismo ganham indenização recorde

Os herdeiros de duas vítimas do Holocausto receberam uma indenização de US$ 21,9 milhões (mais de R$ 56 milhões) paga por um fundo criado por bancos suíços. Esse foi o maior pagamento já feito pelo fundo de US$ 1,25 bilhão (mais de R$ 3 bilhões). As vítimas, Ferdinand Bloch-Bauer e Otto Pick, eram grandes acionistas de uma refinaria de açúcar na Áustria antes da Segunda Guerra Mundial e, em 1938, depositaram as ações em um banco suíço para proteger a fortuna.

Os herdeiros de duas vítimas do Holocausto receberam uma indenização de US$ 21,9 milhões (mais de R$ 56 milhões) paga por um fundo criado por bancos suíços. Esse foi o maior pagamento já feito pelo fundo de US$ 1,25 bilhão (mais de R$ 3 bilhões).

As vítimas, Ferdinand Bloch-Bauer e Otto Pick, eram grandes acionistas de uma refinaria de açúcar na Áustria antes da Segunda Guerra Mundial e, em 1938, depositaram as ações em um banco suíço para proteger a fortuna.

No entanto, o banco – que não foi identificado – cedeu a pressões dos nazistas e transferiu as ações a um investidor alemão depois que os dois foram presos.

Pintura de Klimt

O valor da indenização fixado por um tribunal americano é muito maior do que a maior indenização anterior, de US$ 4 milhões (mais de R$ 10 milhões).

A sobrinha de uma das vítimas, Maria Altmann, de 89 anos, ficou “muito gratificada” pela indenização “muito generosa”, segundo o advogado dela, E. Randol Schoenberg.

O processo foi movido por cerca de 12 integrantes das famílias das vítimas, mas apenas Maria Altmann foi identificada.

Ela é também uma sobrevivente do Holocausto e atualmente vive em Los Angeles.

Maria Altmann também está processando o governo da Áustria para recuperar pinturas da família que foram apropriadas pelos nazistas e são avaliadas em cerca de US$ 150 milhões (pouco menos de R$ 390 milhões).

Entre as pinturas está o retrato de uma tia dela pintado por Gustav Klimt.

‘Exemplo’

Os bancos suíços criaram esse fundo de US$ 1,25 bilhão em 1998, como parte de um acordo com sobreviventes do holocausto que os acusavam de ter roubado propriedade deles, depois transferida aos nazistas.

Segundo os sobreviventes, os bancos destruíram registros das operações para ocultar o que tinham feito.

O juiz americano Edward Korman presidiu sobre o caso e criou um tribunal para julgar processos individuais.

Na quarta-feira, ele aprovou a recomendação do tribunal fixando a indenização em US$ 21,9 milhões.

O tribunal disse que o valor da indenização é “único” e que o caso é “um exemplo impressionante da traição generalizada de clientes judeus por bancos suíços”.

“Depois de se terem anunciado aos judeus da Europa como um paraíso para guardar a propriedade deles, os bancos suíços repetidamente entregaram propriedades de judeus aos nazistas para ganhar favores deles.”

Cerca de US$ 254 milhões (cerca de R$ 660 milhões) já foram pagos em indenizações por esse fundo desde 1998.

Em média, os acordos têm envolvido indenizações de US$ 130 mil (mais de R$ 330 mil).

A Suíça também criou um programa que, entre 1997 e 2002, distribuiu cerca de US$ 180 milhões (mais de R$ 460 milhões) para sobreviventes do holocausto que enfrentavam dificuldades.

A Suíça disse que os pagamentos eram um gesto de solidariedade e não constituíam indenizações.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Hospital é condenado a indenizar paciente por falha em parto normal
Consumidora que teve e-mail e aplicativos invadidos deve ser indenizada
É possível notificação do devedor fiduciante por e-mail, desde que este conste no contrato